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Quém é Manuel Beja!

O Ex.mo Sr. Manuel Beja, é o Conselheiro das Comunidades portuguesas na Suíça...

Presidente da Comissão dos Fluxos Migratórios do Conselho Comunidades Portuguesas (CCP).

De seu nome: Manuel Afonso Lourenço Beja

quinta-feira, 17 de março de 2011

Trabalhadores consulares vão entrar em greve na suíça

Sabe-se que a situação salarial dos trabalhadores consulares, professores e outros funcionários do Estado português em actividade na Suíça, se agrava há vários meses, sem que o Governo Sócrates / PS “mexa uma palha” para a sua solução. A indiferença e o reconhecido desdém dos actuais governantes perante a precária situação financeira dos seus funcionários, provocada pela diferenciação cambial e os actuais cortes orçamentais, merecem, por parte da comunidade portuguesa residente na Suíça a total condenação. O Governo português não está a honrar com os seus compromissos, garantindo, como é sua obrigação, os meios de sustentabilidade necessários aos funcionários em actividade no exterior. Senão, vejamos, considerando as perdas cambiais e os cortes salariais, em média, os salários dos funcionários consulares rondam um pouco mais de três mil francos suíços, menos que o salário mínimo garantido a um trabalhador da indústria hoteleira. Deste montante, mais de 60 por cento, são destinados a pagamento das rendas dos alojamentos, fora o resto. Com salários deste valor é impossível viver condignamente na Suíça. A ameaça de greve, no decorrer do mês de Março, dos funcionários consulares e diplomáticos da embaixada em Berna, consulados de Genebra, Zurique, os escritórios em Lugano e Sion e a delegação da ONU, é mais do que compreensível; “é a última alternativa que lhes resta”. Para além da prevista greve, as autoridades portugueses tiveram conhecimento, na sequência de um abaixo-assinado que lhes foi entregue, do provável envio de uma carta de denuncia da situação a Micheline Calmy-Rey, Presidente da Confederação Helvética e Ministra dos Negócios Estrangeiros Suíça, “explicando a situação de precariedade em que vivem os funcionários consulares portugueses neste país.” Se tal acontecer, a imagem de Portugal fica ao nível das “repúblicas das bananas”, longe, muito longe, da imagem digna de Portugal parceiro internacional respeitado, um país moderno, na linha da frente da União Europeia. A realidade é amarga! Ao ser mantida por muito mais tempo pode levar as famílias dos funcionários a terem de recorrer à assistência social local. O Governo Sócrates / PS sabe disso e não age. Perante o facto, das duas, uma, ou estamos presente um Governo que está a dormir, ou que pretende alastrar a guerra social contra os trabalhadores e a população portuguesa para fora das suas fronteiras. Também pode ser as duas coisas! Estamos certos que os trabalhadores consulares vão conseguir superar os desânimos, as resignações, os medos, e lutar contra este estado de coisas. E, não esqueçam, serão mais fortes com a solidariedade dos utentes, com a solidariedade comunidade portuguesa. É preciso derrotar esta política que a todos penaliza.
Vamos dar uma volta a isto!

Manuel Beja
Conselheiro das Comunidades Portuguesas / Suíça

manuel.beja@bluewin.ch

Ensino da Língua e Cultura Portuguesa na Suíça vão os professores optar pelo regresso?

O descontentamento entre os professores, trabalhadores consulares e outros funcionários do Estado português na Suíça, é enorme! Desde dos finais do ano 2008, têm sido prejudicados por perdas salariais a rondar os milhares de francos anuais, que decorre da depreciação do euro em relação ao franco suíço. A partir do mês de Janeiro com o aumento do custo de vida e o corte salarial de dez por cento, medida enquadrada num pacote de decisões do Governo, com o argumento do endividamento
e a necessidade de se repor o equilíbrio financeiro do país, os professores do ensino da Língua Portuguesa na Suíça, vão ser fortemente afectados. Em carta enviada à Presidente do Instituto Camões, Fernanda Laborinho, o Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas, alerta para o facto da conjunção dos dois factores - redução salarial e câmbio desfavorável – “colocar em causa” a subsistência dos professores, com um mínimo de dignidade, se torna praticamente impossível. Em consequência do acima exposto, vários docentes que exercem actualmente funções docentes na Suíça
vêem-se na contingência de regressar às suas escolas de origem em Portugal, a meio do ano lectivo, dado não ser possível, com o actual vencimento, fazer face as despesas mais básicas.” Ora, o regresso às escolas de origem, significa, para o sindicato, “haverá na Suíça, pais onde um professor lecciona grupos de número superior a cem alunos - largo número de luso-descendentes - que ficarão sem aulas a meio do ano lectivo, e certamente esse número aumentará no termine do ano escolar, pois o número de professores obrigados a optar pelo regresso será ainda maior” Se isso acontecer a continuidade dos cursos de LCP na Suíça fica em causa. No quadro das competências do Conselho das Comunidades Portuguesas, (órgão consultivo do Governo), os conselheiros eleitos pela Suíça desde há muito que emitem pareceres favoráveis a uma solução do problema cambial, sem que qualquer sinal de entendimento lhes chegue de Lisboa. Na verdade, dezenas de professores, funcionários consulares e outros profissionais em actividade na Suíça, ligados por vínculos contratuais ao Estado, encontram-se
em situação muito desfavorável no respeitante ao problema cambial, agravado, agora, com o corte
salarial de 10%. Tudo isto junto trará consequências extremamente negativas, não só para os docentes e trabalhadores consulares, utentes, e particularmente as crianças, pois ficarão sem aulas.

Manuel Beja
Conselheiro das Comunidades Portuguesas / Suíça


manuel.beja@bluewin.ch