Homenagem da Revista Repórter X, ao amigo Manuel Beja, ex. Conselheiro das Comunidades portuguesas na Suíça, Presidente da Comissão dos Fluxos Migratórios do Conselho Comunidades Portuguesas (CCP), primeiro Sindicalista Português na Suíça, na última intervenção política em Zurique “Diálogos com a Comunidade”, com o Sr. Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas na Suíça, Dr. José Luís Carneiro que se fez acompanhar dos senhores:
Sr. Secretário de Estado dos Assuntos fiscais, Dr. António Mendonça Mendes.
Sr. Director - geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, Dr.
Júlio Vilela.
Sr. Presidente Instituto do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua,
Dr. Luís Faro Ramos.
Representação do Gabinete da Secretária de Estado da Segurança Social, Dra.
Elsa Castro.
Sr. Deputado Dr. Paulo Pisco, entre outros.
Sr. Conso, Dr. Licínio Bingre do Amaral do Cônsul-Geral de Portugal em
Zurique.
Sra. Dra. Ester Vargas, Adida Social da Embaixada de Portugal.
Sra. Maria de Lurdes Gonçalves, Coordenadora do Ensino
Português na Suíça. Sr. Adelino Sá, Gazeta Lusófona
Sr. Quelhas, Revista Repórter X
“Quero desejar as boas vindas aos membros do governo aqui
em Zürich, desejar-lhes boa sorte neste tipo de reuniões, e dizer que é a
primeira vez em cinco décadas como emigrante neste país, que vejo uma mesa tão
bem representada, com membros do governo, a tentar falar com os portugueses
aqui na cidade de Zürich, e também por toda a Suíça nas zonas onde passaram.
Portanto, é uma iniciativa que louvo, que espero que seja realmente produtiva,
e que as mensagens que nós deixamos aqui, possam ser ditas lá em Portugal.
Quero dizer que é importante que a central de telefones da segurança social
funcione melhor, porque muitos dos problemas que os portugueses têm aqui com
Portugal e com a Segurança Social, estão ligados aos problemas telefónicos da
mesma. Por isso, era bom que a central fosse renovada, e colocassem realmente
um sistema mais eficiente nas respostas.
Senhor secretário de estado das comunidades, os portugueses
na Suíça são bons pagadores de impostos, pagamos impostos por obrigação, é o
nosso dever, mas há uma questão muito delicada, depois de décadas de trabalho
na Suíça, pretendemos regressar a Portugal, e vamos com as nossas reformas, e
ao chegar a Portugal, essas nossas reformas que nós pensamos que será uma
reforma digna para que possamos usufruir dela, mas existem valores que nos
impedem de regressar a Portugal, porque pertencemos ao sexto/sétimo escalão do
IRS, e se eu regressar a Portugal terei que pagar 45% da minha reforma como
impostos, ou seja quase metade, e realmente passei quase toda a minha vida na
emigração, a trabalhar e a pagar para ter a tal reforma digna, e agora quando
regressar a Portugal vão tirar-me praticamente metade, não me parece
interessante.
É claro que há formas de dar a volta a esta situação, nós
sabemos que elas vão ser praticadas, que estão a ser feitas, mas nós queremos
cumprir com a legalidade, queremos ir para Portugal, pagar os nossos impostos
como devem ser pagos, mas esta taxa de 45%, como é o meu caso e outros que
estão aqui nesta sala, é demasiado elevado.
Quando fui conselheiro das comunidades portuguesas,
apresentei este caso lá em Lisboa, houve uma reunião entre a Direcção geral dos
assuntos fiscais e a Direcção geral dos assuntos consulares, na qual eu estive
presente, há cerca de 3 anos, para discutir esse problema. A situação foi
apresentada e ainda continuamos à espera de uma resposta. Portanto, não sei se
seria possível, pois consta, não tenho certeza, que os quadros das
multinacionais em Portugal, pagam apenas um valor de 20% sobre os seus
salários.”
Reportagem: Quelhas
Redactor: Patrícia Antunes
Revisão editorial: Sociólogo político
Dr. José Macedo de Barros
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